Quais as áreas promissoras da Engenharia e como escolher?

Quais as áreas promissoras da Engenharia e como escolher?

Professor do Centro Universitário FEI elenca algumas das áreas mais procuradas por estudantes do Ensino Médio e indica caminhos para facilitar a escolha

Profissional fundamental em diversos setores da sociedade, principalmente quando falamos em desenvolvimento, o engenheiro é um especialista que utiliza de suas qualificações técnicas, científicas e matemáticas para criar, aprimorar ou implementar inovações para áreas que vão desde a construção civil, indústria automotiva até na biomedicina. Com campos de atuação tão variados, é normal que o pré-vestibulando sinta dificuldades na hora de escolher qual Engenharia cursar.

O professor Roberto Baginski, responsável pelo vestibular do Centro Universitário FEI, que segue com inscrições abertas (mais informações abaixo), esclarece que, em alguns casos, “os estudantes ficam em dúvida entre dois ou três tipos de cursos. Por isso, é importante que estudante, antes de definir a área, vivencie o que cada engenharia pode oferecer”. Para auxiliar nessa escolha, Baginski elenca algumas das áreas mais procuradas no Brasil e explica as particularidades de cada uma delas.

Engenharia Mecânica: uma das áreas mais promissoras do mercado, a Engenharia Mecânica não está ligada apenas ao setor automotivo. Hoje em dia, a produção de qualquer produto que suporte esforços, se mova ou use energia, conta com um engenheiro mecânico, seja em alguma etapa do processo, em sua concepção, projeto, fabricação, operação, manutenção ou gestão. Dinâmica e multidisciplinar, a Mecânica trabalha na identificação das demandas futuras e nos grandes desafios da humanidade, trazendo respostas e soluções criativas.

Engenharia Química: O engenheiro químico tem sido um profissional fundamental na indústria e, atualmente, existe um vasto campo de atuação que pode ser constatado em muitos segmentos industriais, tais como petroquímicos, químicas, fármacos, alimentos e bebidas, papeis e celulose, polímeros plásticos, fertilizantes, tintas e vernizes. Na última década, a Engenharia Química tem atuado fortemente no desenvolvimento de trabalhos com a área médica.

Engenharia de Produção: esta área tem crescido significativamente nos últimos 25 anos, especialmente porque passou por uma evolução em seus conhecimentos, métodos e ferramentas. O estudante que optar por esta Engenharia será preparado para gerenciar sistemas de produção inovadores como os conceitos de Indústria 4.0 e Internet das Coisas. É um profissional valorizado em todos os segmentos, incluindo o setor de finanças, consultorias, administração pública e empresas de serviço, tais como hospitais, redes de hotéis, alimentação e entretenimento.

Engenharia Elétrica: o engenheiro eletricista é um profissional versátil, que tem formação transdisciplinar. Sua ligação com diversas áreas permite a criação de sistemas complexos de tecnologias em desenvolvimento para produtos e processos eletrônicos. O estudante também aprende a manter e investigar sistemas de energia e de comunicação, softwares, interfaces e aplicativos eletrônicos ou computacionais, inclusive sistemas robóticos.

Engenharia de Automação e Controle: esta Engenharia forma profissionais conectados com a realidade de um mundo cada dia mais repleto de recursos de robótica, inteligência artificial e comunicação digital, que tem transformando a indústria e que precisa de profissionais com conhecimento em mecânica, eletrônica, computação e produção, qualificação presente no profissional formado nessa graduação. Os graduandos são capacitados para projetar e trabalhar com sistemas eletrônicos, e mecânicos para controle de plantas industriais, automação predial, sistemas automotivos, petroquímicos e de robôs, entre outros.

Engenharia Civil: nesta área, o aluno aprende a desenvolver projetos nas áreas de construção civil, gerenciamento, estruturas, geotecnia, hidráulica, saneamento, meio ambiente e transportes. As graduação em Engenharia Civil formam profissionais preparados para atuar no mercado de trabalho, como empreendedores ou em empresas do setor, nas atividades de condução de obras, elaboração de projetos, estudos de viabilidade, pesquisa, orçamentos, monitoramento, entre outros.

Engenharia de Materiais: o Engenheiro de Materiais é o responsável por desenvolver tecnologias para a criação de materiais mais leves, mais resistentes, com melhores desempenhos e que sejam ambientalmente corretos. As graduações nesta área formam profissionais com embasamento científico e tecnológico, focados na melhoria e eficiência de produtos, especialmente no que se refere aos processos de fabricação e conformação de materiais.

Engenharia de Robôs: presente apenas no Centro Universitário FEI, a graduação em Engenharia de Robôs tem como objetivo capacitar profissionais para planejar, construir, controlar e manter robôs de diversos tipos. Atualmente não existe um profissional com tais características de formação e, no curso elaborado pela FEI o aluno terá um rol de disciplinas específicas da robótica, como navegação de robôs móveis, dinâmica de robôs com rodas e bípedes, interação humano-robô, dentre outras. É a mais completa e profunda formação em robótica que um curso superior no Brasil pode oferecer

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Estas habilidades estão sendo mais exigidas dos engenheiros civis

Estas habilidades estão sendo mais exigidas dos engenheiros civis

A retomada na construção civil aumenta a demanda por engenheiros capazes de tocar o dia a dia de uma obra sem perder o foco na eficiência.

De 2014 para cá, o setor de construção civil encolheu 20,5%. Enquanto a crise fiscal derrubou investimentos em infraestrutura, a instabilidade econômica reduziu a compra de imóveis. Agora o segmento ensaia uma lenta retomada.

Nesse cenário de recuperação, uma profissão, em especial, vem ganhando notoriedade: a de gestor de canteiro de obras. Segundo levantamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a ocupação está entre as 30 que terão maior relevância no futuro. Com a tecnologia facilitando o dia a dia das edificações, esse profissional está ganhando um papel cada vez mais estratégico.

Entre suas funções, por exemplo, estão o cronograma do projeto, o controle de custos, o gerenciamento da equipe, a logística de compra e entrega de materiais e a fiscalização das exigências de certificações de qualidade.

“Hoje as construtoras buscam engenheiros capazes de ir além dos números, com habilidade para se comunicar, trabalhar em equipe e planejar”, diz Alexandra Justo, responsável pela área de oportunidades de carreira do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp).

Isis Borge, gerente sênior da divisão de engenharia e supply chain da consultoria Talenses, ressalta que a função se tornou mais complexa após a crise. “Esse profissional passou a responder pela rentabilidade e pelo planejamento estratégico por trás do empreendimento”, diz.

Com a reação da construção civil, ela acredita que haverá aumento da demanda por gestores de canteiro de obras, sobretudo fora dos grandes centros.

Ana Paula Campos Rios, de 29 anos, é gestora de obras de uma construtora no interior de São Paulo. Atualmente, coordena, em Pirassununga, a construção de um bairro planejado com ­1 000­ casas populares. São 200 pessoas, entre funcionários e terceirizados, sob seu comando.

“Tive de aprender a liderar e a melhorar o desempenho financeiro do negócio”, afirma. Para isso, investiu em uma pós-graduação em administração na Fundação Getulio Vargas. “Numa obra, você precisa tomar decisões assertivas. Quando surgem contratempos, a resposta deve ser rápida.”

FONTE: ABRIL EXAME

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Cursos de engenharia vão mudar com novas diretrizes publicadas pelo MEC

Cursos de engenharia vão mudar com novas diretrizes publicadas pelo MEC

São Paulo – “Eu sinto o brilho nos olhos quando vejo as coisas acontecerem. Diziam para mim que o primeiro ano de engenharia era chato, mas eu estou achando muito legal”, diz João Pedro Giarrante, de 18 anos, estudante do primeiro ano de engenharia elétrica da FEI.

Ele e sua turma são os primeiros universitários a cumprir a nova grade curricular de engenharia na FEI. O curso foi remodelado e os alunos têm agora aulas de inovação por exemplo. “Tratamos de geração de ideias e execução de projetos. Fizemos simulação de startups”, conta.

Os conhecimentos adquiridos na aula de inovação foram colocados em prática ao longo de um projeto prático proposto durante aula de eletrônica geral. Giarrante e seus colegas de grupo construíram um carrinho elétrico. “O que eu aprendo em inovação eu uso em eletrônica geral”, contou o estudante.

Em poucos meses de curso, os calouros já perceberam que o novo currículo da graduação de engenharia na universidade está mais prático e interdisciplinar como propõem as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de graduação em Engenharia, fixadas e homologadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão vinculado ao Ministério da Educação.

Apesar de a FEI já ter reformulado seu curso de engenharia, as novas diretrizes estabelecem prazo de três anos paras universidades e faculdades se adaptarem e implementarem a mudanças.

“O grande salto que essas diretrizes trazem no seu corpo de orientações é em relação ao projeto pedagógico, que deve conter não só conteúdos, mas também atividades e experiências”, diz Fabio do Prado, reitor do Centro Universitário FEI.

A seguir confira as principais mudanças estabelecidas para os cursos de engenharia no Brasil:

1. Flexibilidade curricular
As novas diretrizes estão menos engessadas e dão mais autonomia para as instituições. O texto deixou ser tão “conteudista”, com era resolução anterior (em vigor desde 2002). “ Antes se a instituição quisesse acompanhar as novas tendências podia agregar conteúdos mas não podia tirar nada, então só se aumentasse a carga horária”, diz o reitor.

O conteúdo básico dos cursos continua sendo exposto pelas diretrizes, mas sem tanto detalhamento. “Não se abre mão da formação básica sólida, o que foi flexibilizado é o que diz respeito à parte profissionalizante”, diz Prado.

A ideia é que, a partir de agora, as instituições de ensino sejam mais cobradas pelo perfil de engenheiro que prometem formar com seu projeto pedagógico do que se trazem o conhecimento específico A ou B em sua grade. “Hoje nós sabemos que não bastam conteúdos, existem outras competências emocionais e profissionais e isso era completamente ignorado pelas diretrizes anteriores”, explica Prado.

2. Interdisciplinaridade
Na opinião do reitor da FEI, as novas diretrizes dão espaço para iniciativas mais inovadoras. Colocar em prática conteúdos de uma disciplina em projetos e atividades de outras matérias é tendência que deve se espalhar todas as faculdades de engenharia.

A divisão por disciplinas não deve ser estanque, os cursos vão passar a estimular, com mais afinco, atividades de integração por meio de projetos interdisciplinares. Ao construir um veículo e testar suas condições de segurança, estudantes podem revisar conteúdos de cinemática, dinâmica e atrito de maneira mais integrada.

Um projeto real no primeiro semestre do curso estimula os jovens universitários a pensarem as várias facetas de um produto percebendo a importância de diferentes conceitos. Atividades nessa linha são, segundo Prado, mais compatíveis com as demandas futuras ao preparar profissionais para propor soluções inteligentes para os problemas.

3. Formação por competências
O perfil do novo engenheiro deve conter as seguintes características: visão holística, inovação, empreendedorismo, solução de problemas, cooperação, adoção de perspectivas multidisciplinares e transdisciplinares em sua prática.

Para tal, as novas diretrizes curriculares apresentam um conjunto de competências as quais devem ser desenvolvidas pelos alunos ao longo do curso de engenharia.

Resolução de problemas e proposição de soluções de engenharia a partir da análise e compreensão de usuários e do contexto estão nessa lista, assim como a capacidade de implementar, supervisionar e controlar essas mesmas soluções.

Os formandos também devem estar aptos para “analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos por meio de modelos simbólicos, físicos e outros, verificados e validados por experimentação”, diz o texto homologado pelo Conselho Nacional de Educação.

Os engenheiros devem sair da graduação com a capacidade de conceber, projetar e analisar sistemas, produtos, componentes ou processos.
Competências como trabalho em equipe, comunicação, capacidade de aprendizagem e preparo para lidar com situações complexas também estão destacadas.

FONTE: ABRIL EXAME

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